Canto dos Livros

O primeiro conto é “A Filha da Exterminadora”, escrito por Meg Cabot. - Vou ser obrigada a dizer que essa foi à primeira história que li dela, apesar de já ter ouvido falar que seus livros são bons. – Nesse a protagonista se chama Mary, uma adolescente estranha que teve a mãe transformada em vampira e seu pai cientista, passa a vida tentando descobrir a cura para o vampirismo. Mary acaba virando uma caça vampiros por causa disso, seguindo os passos da mãe antes de ser transformada. Então ela descobre que sua melhor amiga Lila, está saindo com o Drake e que vai com ele a festa de formatura, só que ela não sabe que Drake é o filho do Drácula. Quando Mary descobre isso, decidi caçar o namorado da amiga e a salvar de virar o “lanchinho da madrugada” e ao mesmo tempo acabar com o pai dele que transformou sua mãe em vampira, e claro que tudo isso, com a ajuda de Adam seu melhor/metido amigo. 
O conto tem tudo para ser engraçado e não assustador, apesar de Meg contá-lo de uma forma que torna a leitura muito rápida e fácil, mas que no fundo tenta fazer com que você não ria, e sim trema. Para aqueles que são fãs da escritora, devem estar me crucificando agora, mas sinceramente, tive vontade de parar de ler o livro com esse primeiro conto.



O segundo conto é “O Buquê”, escrito por Lauren Myracle e que foi inspirado no conto “A Pata do Macaco” que foi publicado no ano de 1902 por W.W. Jacobs. Na minha humilde opinião é um dos contos mais sem graça, mas ao mesmo tempo é um dos que salvam o livro todo. Nessa história ela aborda aquela frase clássica “cuidado com o que você deseja” e é em torno disso que a história se desenrola. A protagonista se chama Frankie que tem o desejo de que seu amigo Will – e que é apaixonada – a chame para ir ao baile. No final das contas, ela o arrasta e sua amiga Yun Sun – que é uma grande medrosa – para ir à casa de Madame Zanzibar para que tenha a esperança de que Will a chame para o baile. Chegando lá, papo vai e papo vem, Frankie consegue um buquê mágico com essa vidente, e que lhe concede três pedidos, mas não preciso dizer que isso acabou lhe causando mais problemas, não é?
A história tem tudo para ser um ótimo conto, mas para mim o final foi muito fraco, apesar de o enredo lhe ensinar uma grande lição. Mas as críticas a favor desse conto são muito boas, então deixo a critério de vocês o que irão achar.



O terceiro conto é "Madison Avery e a Morte" da escritora Kim Harrison. Esse era um dos contos que tinha achado melhor até chegar o final. A protagonista da história é Madison, uma garota que está completamente infeliz na formatura e acompanhada de Josh que ela acha um completo idiota. Até que um estranho charmoso aparece na formatura chamando a sua atenção. Eles dançam e se beijam, e de alguma forma ele a leva até o estacionamento do colégio e pergunta se ela tem carona para casa. Madison desconfia, mas aceitar ir com ele enquanto Josh – que ficou responsável por trazê-la e levá-la para casa – a lembra de que ela não o conhece, mas nem por isso Madison recusa. Josh os segue de carro na estrada, e vê quando Seth bate o carro de propósito e causa a morte de Madison. Quando ela acorda descobre que está na sala de um necrotério com Barnabas e Lucy – dois anjos da morte –, discutindo de qual deles era a responsabilidade de levar a alma de Madyson, enquanto, ao mesmo tempo, tentam a convencer de que ela havia morrido por causa de “Um Agente da Morte”.
Esse conto virou uma saga denominada “Madison Avery e a Morte”, confesso que não li os livros apesar de ser uma continuação desse conto, até por que o final dele em Formaturas Infernais deixou muito a desejar. Espero que Kim tenha conseguido dar uma continuidade boa a historia, pois ela tinha tudo para torná-la ótima, mas se deixou levar e acabou saindo do tema “Formatura Infernal”.



O quarto conto é “Salada Mista” da escritora Michele Jaffe, que trás ao livro um toque de heroísmo – e foi um dos contos que mais gostei por isso. - A protagonista da história se chama Miranda, e é o tipo de garota atrapalhada e que usa livros de alto ajuda para conquistar garotos – e que tem uma queda astronômica pelo delegado da cidade –. Miranda tem superpoderes como superaudição e força extrema, mas não sabe usá-los além de ser desastrada demais. A história se desenrola em torno do trabalho dela, que é buscar pessoas em determinados locais e os levar ao seu destino. Em um desses serviços ela é enviada para buscar Sibby Cumana, uma garota de 14 anos irritante e que só quer beijar garotos, mesmo que tenha que pagar para isso. Mas quando está indo embora do local onde era para deixar Sibby, Miranda acaba ouvindo uma conversa sobre matar a garota para descobrir o destino que ela teria que seguir – sim, também me confundi nessa hora –. Então, Miranda volta para salvar o dia, e descobre que o delegado da cidade era chamado de Jardineiro, e arrancava dentes e dedos das pessoas para conseguir as informações que necessitava. E com um toque de comédia e heroísmo, Miranda consegue salvar Sibby e a leva para a sua formatura, acreditando que conseguiria a proteger lá, até que descobre que o colégio está rodeado pelos homens que querem Sibby morta.
Essa é história é muito divertida, e foi uma das poucas que você consegue de identificar, nem que seja um pouco, com o personagem. E já aviso, essa história não é de meter medo, e sim de fazer rir, com as atrapalhadas de Miranda e a cara de pau de Sibby.



O quinto e último conto é “Inferno na Terra” da escritora Stephenie Meyer, que conta sobre demônios e meio-anjos – quando você esperava vampiros que brilhassem ao sol –. Bom, a protagonista da história é Sheba, um demônio aprisionado temporariamente em um corpo humano, e que tem a finalidade de acabar com a formatura do colégio. Tudo estava dando certo como se esperava um caos na Terra, até que Gabe aparece e faz com que tudo aos poucos saísse do controle de Sheba – Sim, Gabe é um meio-anjo –, e faz com que os planos dela começassem a serem postos de lado.
O conto é bem legal, apesar da sinopse não dizer muita coisa, é uma leitura gostosa de ter e não é absurda como Stephenie é bitolada por causa da sua primeira saga. Foi um dos contos que mais gostei, pois não criei nenhuma expectativa em cima e também não fui comparando com outros trabalhos feitos por ela.



O livro é bom, mas não espere lê-lo no Halloween e ter arrepios de medo, até por que ele é direcionado ao publico feminino, tanto que os protagonistas são todas mulheres e adolescentes – e em alguns contos isso se torna clichê demais –. A forma de escrita varia conforme a escritora, mas em todos os casos foi uma leitura leve, para que você termine o livro em poucos dias e fique tentado entender alguns finais. Mas já aviso, se você espera encontrar romance água com açúcar, comédia, suspense e uma pitada de absurdo, você encontra de sobra em alguns contos, e até mesmo uns finais sem pé nem cabeça.